A serigrafia é um processo de impressão muito antigo, largamente usada por grandes mestres das artes, que utilizavam a técnica para produzir obras primas. Andy Warhol, um dos grandes nomes do pop art, usou a serigrafia para criar suas conhecidas peças, como a Marilyn Monroe colorida e o conjunto de imagens da lata de sopa Campbell.
É também muito aplicada na indústria em geral. Nesse segmento, a serigrafia também é conhecida como silk-screen, estamparia ou ainda decoração de tecidos.
Versatilidade
Através da serigrafia podemos imprimir os mais diversos tipos de materiais, tais como papel, plásticos, acrílico, borracha, vidro, cerâmica, metais, couro, tecidos e até madeira.
Essa versatilidade possibilita o uso da serigrafia numa variedade enorme de produtos, como por exemplo:
- papel: cartões de visita, impressos em geral, transfers e outdoors.
- acrílico : placas, copos, brindes e outros artefatos.
- plásticos: brindes, brinquedos, canetas, isqueiros, material escolar, capas, lonas, toldos, banners, crachás, cartões de PVC, cartões telefônicos, CDs, placas de circuito impresso, componentes eletrônicos, teclados de membrana, painéis & partes de equipamentos eletrônicos, frascos & embalagens, sacolas, adesivos, bolsas & mochilas, calçados, etc.
- borracha: sandálias, roupas de mergulho, neoprene.
- couro: botas & outros calçados, bolsas, malas, etc.
- tecidos: camisetas, bonés, artigos de vestuários em geral, roupa de cama, mesa & banho, bandeiras e flâmulas.
- cerâmica: louça, porcelana, pisos e azulejos
- vidro: frascos, garrafas, ampolas, vidraria de laboratórios, vidro plano para automóveis, eletrodomésticos e arquitetura.
- metal: etiquetas metálicas, placas e painéis.
- madeira: caixas, embalagens e artesanato.
No processo de impressão serigráfica, a tinta é forçada a passar através de uma tela, em cima da superfície a ser impressa . Nesta tela, algumas áreas são vazadas e outras bloqueadas. A tinta passa então apenas nas áreas vazadas da tela, formando assim a imagem sobre o material.
Essa tela é feita de fios trançados, e pode ser de poliéster, nylon ou aço inox. Entre esses fios há inúmeras pequenas aberturas. Ao bloquearmos apenas algumas destas aberturas e deixarmos outras livres, estamos preparando a tela para impressão, pois as partes abertas vão formar uma imagem, definindo a área por onde a tinta vai passar.
Para bloquearmos as aberturas da tela usamos um produto que se chama emulsão serigráfica. A tela assim preparada se chama matriz serigráfica.
Por fim, para fazermos a tinta passar através das aberturas que não foram bloqueadas usamos um rodo de poliuretano. Este processo pode ser manual ou automatizado. Para entender como acompanhe o processo serigráfico acompanhe o passo-a-passo detalhado.
Etapas da impressão serigráfica
Esticamento
Por muito tempo, o esticamento na serigrafia foi feito manualmente, com o auxílio de alicates, usando-se quadros de madeira e grampos. Este processo está entrando em desuso, embora ainda seja bastante utilizado. Nos novos processos de esticamento, quadros de madeira e grampos são substituídos por quadros de alumínio e adesivo/cola, o que contribui para a melhora da qualidade de impressão, graças à maior estabilidade do sistema.
No esticamento das telas utiliza-se os seguintes materiais:
- Malha ou tecido, que é feita de fios trançados de poliéster, nylon ou aço inox, e cujas aberturas são bloqueadas para formar a imagem.Para uma melhor precisão no processo industrial, a tela da serigrafia é feita com um tecido técnico próprio – a seda é mais utilizada no processo artesanal. A Tegape oferece para o mercado de serigrafia telas de poliéster e de nylon que é utilizado geralmente para a impressão em peças curvas, e irregulares como copos, canetas, embalagens, eletrônicos, etc.
- Quadro, de madeira ou de alumínio, no qual é fixada a malha.
- Esticador, equipamento para esticar a malha sobre os quadros.
- Adesivo, para fixação das malhas nos quadros.
Para se fazer o esticamento com qualidade, é recomendável o uso de um esticador mecânico, que pode ser com pé ou portátil. O equipamento auxilia o tensionamento da malha de maneira adequada e ajusta sua posição sobre o quadro.
Adesivos
Uma vez esticada sobre o quadro, a malha deve ser nele fixada, com uma de nossas colas ou adesivos. Podemos classificar estes adesivos da seguinte maneira:
- Adesivos monocomponentes, sem catalisador. Resistentes somente a tintas a basa de água e plastissóis.
- Adesivos bicomponentes, com catalisador. Resistentes a todos tipos de tintas.
- Adesivos instantâneos, com ativador. Além de serem resistentes a todos os tipos de tintas, têm secagem instantânea .
Gravação
O processo de gravação da imagem na tela é a alma da serigrafia.
No final deste processo, teremos uma matriz, formada de áreas vazadas e áreas bloqueadas. A área vazada corresponde à imagem a ser impressa, e por ela a tinta vai passar durante a impressão. A área bloqueada define, portanto, os limites da imagem. Em outras palavras, onde há emulsão não vai passar tinta.
Mas como fazemos para colocar a emulsão em apenas algumas áreas da tela, formando nela uma imagem? E se esta imagem for repleta de detalhes minúsculos?
A solução para estas perguntas está no processo de foto incisão (“corte feito com luz”), como veremos a seguir.
Para entendermos este processo, precisamos saber que toda emulsão serigráfica é fotossensível, ou seja, sensível á luz e quando é exposta á luz, ela endurece, tornando-se insolúvel em água. Se não for exposta á luz, a emulsão serigráfica se dissolve na água.
Foto incisão
A foto incisão consiste em usar a luz para definir quais áreas serão “recortadas”. Como fazemos isso? Vamos ver agora. Muita atenção ao que se segue.
Portanto, podemos concluir que a foto incisão consiste em usar a luz para definir quais áreas serão “recortadas”.
Visto que o processo serigráfico depende de áreas permeáveis e impermeáveis, vamos entender como é feita a gravação da imagem no quadro serigráfico.
Em primeiro lugar, escolhemos e preparamos a imagem a ser impressa. Esta imagem deve estar disponível na forma de arte final, que é uma transparência onde a imagem aparece em preto.
No início do processo de gravação, aplicamos uma camada contínua e uniforme de emulsão em toda a tela.
É preciso lembrar que, como a emulsão é sensível á luz, sua aplicação sobre a tela deve ser feita em ambiente com luz de segurança (amarela).
Depois e aplicada e seca, usando a arte final como máscara, expomos a tela a uma fonte de luz (lâmpadas próprias, de raios ultra-violeta). A imagem em preto na arte final vai proteger da luz as partes da emulsão que estiverem sob ela, copiando na emulsão o recorte da imagem.
Nas áreas transparentes, a luz vai atravessar a arte final e endurecer a emulsão embaixo.
Finalmente, a tela é levada para um tanque com água, onde a emulsão que não foi exposta á luz se dissolve, deixando a tela vazada.
Diante disso, é preciso esclarecer que existem vários tipos de emulsões serigráficas usadas para gravação de telas que podem ser classificadas da seguinte maneira:
Quanto á sua resistência
- Emulsões resistentes a água. Resistentes a tintas a base de água e a plastissóis.
- Emulsões resistentes a solventes. Resistentes a tintas a base de solventes e a tintas UV.
- Emulsões universais. Resistentes a todos os tipos de tintas.
Quanto ao sistema de sensibilização
- Bicromatadas, tornam-se sensíveis á luz pela adição de sais de cromo (bicromato).
- Diazóicas, tornam-se sensíveis á luz pela adição de diazo.
- Fotopolímeras, não necessitam da adição de nenhum agente sensibilizante.
- Diazo-fotopolímeras, apesar de já serem sensíveis, recebem ainda adição de diazo.
As emulsões podem ter ainda características especiais, como alta viscosidade, para gravação de telas em alto-relevo.
Outras formas especiais de emulsões são os filmes capilares, nos quais a camada de emulsão já vem formada, e disposta sobre um suporte plástico.
No caso dos filmes capilares a camada já vem “pronta” e ela é perfeitamente uniforme, e sempre a mesma, ajudando a manter a qualidade da impressão sem maiores variações, o que é positivo.
Por isto mesmo, com filme capilar não é possível fazer camadas mais espessas, ou menos espessas. É preciso comprar o filme já na espessura desejada.
Os produtos auxiliares usadas na gravação de telas são:
- Desengraxante, para limpeza das malhas antes da aplicação da emulsão. Seu uso é muito importante para garantir a fixação da emulsão sobre uma superfície livre de poeira e de gordura.
- Endurecedor de emulsão, para aumentar a resistência das emulsões na produção. Seu uso só é necessário quando a tiragem (número de impressões a serem feitas) for muita alta.
- Bloqueador, para retocar a emulsão e dar acabamento á matriz. De uso opcional.
- Enegrecedor, para melhorar a qualidade de artes-finais feitas em impressoras a laser.
Resumidamente, na etapa de fabricação das matrizes serigráficas, que são usadas para a impressão. Precisamos de:
- Emulsão serigráfica, para bloquear as áreas da tela onde a tinta não deve passar, definindo assim a imagem.
- Desengraxante, para limpeza da malha antes da aplicação da emulsão.
- Arte-final, que é onde a emulsão copia a imagem.
- Fonte de luz, pois é a luz que faz a emulsão copiar a imagem da arte-final.
E eventualmente de:
- Endurecedor de emulsão, para aumentar a resistência das emulsões na etapa seguinte, que é a produção.
- Bloqueador, para retocar a emulsão e dar acabamento à matriz.
- Enegrecedor, para melhorar a qualidade de artes-finais feitas em impressoras a laser.
Produção, ou impressão propriamente dita
Nesta etapa são utilizados os rodos ou lâminas de poliuretano, para fazer a tinta atravessar a tela e se depositar no substrato. Os rodos podem ter cabos de madeira ou de alumínio. Os de madeira são descartáveis, enquanto que os de alumínio permitem a troca da lâmina de poliuretano, quando esta se desgasta.
Estas lâminas de poliuretano são também usadas em impressoras serigráficas automáticas, sem o cabo. Nestas impressoras, as lâminas são substituídas quando estão gastas. No mercado encontra-se lâminas com diferentes espessuras, durezas e tipos de perfil.
Usualmente, tem-se espessuras que vão desde 5 até 11 mm, e larguras desde 20 até 50 mm, com dureza variável que vão desde 55 a 90 shores sendo que cada cor de rodo representa uma dureza diferente.
O tipo do acabamento do perfil também pode variar. Ele pode ser retangular (ou reto), arredondado, chanfrado em”V” e chanfrado em “facão”.
Em suma, nesta etapa imprimimos o material. Para isto precisamos de:
- Substrato ou arte final que é o material a ser impresso.
- Tinta, que pode ser a base de água, a base de solvente, UV, plastissol, etc.
- Sistema de impressão, manual ou automática, em impressoras, carrosséis, berços, etc.
- Rodos de poliuretano, para fazer a tinta atravessar a tela e se depositar no substrato.
Recuperação
O objetivo dessa etapa é o reaproveitamento das telas.
Para isso, faz-se necessário remover todos os resíduos de tintas e de emulsões, para podermos gravar uma nova imagem, reutilizado assim a malha.
Então, são utilizados os removedores de emulsões, na forma líquida, em gel ou em pasta, prontos para o uso ou concentrados. Ainda na forma de concentrado em pó, para ser diluído pelo cliente.
Com o propósito de limpar completamente a tela, encontra-se no mercado os removedores de manchas ou tira-fantasmas, geralmente em forma de gel ou pasta. São produtos bastantes fortes e agressivos, usados para tirar as manchas resultantes de impressões anteriores, também conhecidos como “fantasmas”.
Desta maneira, para o reaproveitamento as telas, precisamos de:
- Removedor de emulsões, para “desmanchar” a tela, ou seja, remover dela a emulsão.
- Removedor de manchas ou tira-fantasmas, para tirar as manchas resultantes de impressões anteriores, também conhecidas como fantasmas.
Telas de qualidade – serigrafia industrial
Em síntese, percebe-se que uma impressão serigráfica de alta performance está intimamente relacionado com a qualidade das telas, emulsões, tintas, etc. e como fornecedores de telas de serigrafia iremos explanar quais as principais características das telas para se obter impressões qual qualidade e economia.
Como já comentado anteriormente, existem quatro tipos de telas que podem ser utilizadas em situações distintas e podem possuir ainda acabamento calandrado e anti-estático.
As telas de poliéster e as telas de seda são muito utilizadas em superfícies planas, sendo que a primeira está mais presente em processos serigráficos industriais e segunda em processos serigráficos artesanais.
Já as telas de nylon, possuem grande resistência mecânica e devido a sua flexibilidade e elasticidade, são indicadas para serigrafia em superfícies curvas ou irregulares.
Telas para o mercado de circuitos
Existe ainda, as telas de aço inox que atendem o mercado de circuitos multimarcas, capacitores, indutores e eletrodos que está em franca expansão e necessita de alta tecnologia de impressão.
Nesse segmento, o desafio é obter componentes impressos precisos, resistentes e estáveis dimensionalmente.
Para isso, a alta durabilidade e precisão das telas de aço inox são muito importantes, pois o objetivo é conseguir a impressão de eletrodos de alta precisão, que não deformam plasticamente, lembrando que as linhas condutoras impressas possuem aproximadamente 50 µm de diâmetro.
Então, para imprimir linhas tão finas, é necessário que a impressora seja alimentada por uma tela de aço inox de alta resistência calandrada com o diâmetro do fio fino para melhorar o controle e depósito da pasta sobre a tela.
Características das telas da Tegape
Agora que ficou clara a diferença entre os tipos de telas, entenda quais as características as telas que fazem grande diferença na qualidade da impressão:
- Telas que não necessitam de desengraxe – Algumas telas possuem um tratamento de superfície especial, que reduz o tempo de produção e elimina a necessidade de produtos químicos, reduzindo custos e o impacto ambiental.
- Tensão superficial melhorada – As propriedades de tensão superficial melhoradas das telas são adequadas para imprimir pequenos pontos e linhas finas, principalmente para aplicações a base de água onde pequenos detalhes são mantidos firmemente, garantindo durabilidade.
- Força de tração melhorada e baixo alongamento – As telas podem ser facilmente esticadas para um nível de tensão maior.
- Mínima perda de tensão após o alongamento – As propriedades físicas avançadas de algumas telas reduzem a perda de tensão após o alongamento, mantendo uma ótima precisão dimensional.
- Maior estabilidade dimensional – Telas de alta performance mostram a estabilidade dimensional melhorada e a precisão da impressão mesmo após 10.000 impressões.
- Transição de tinta melhorada – A tinta tem muito menos adesão à malha, melhorando assim a resolução e a velocidade da prensa.
- Telas com propriedade antiestática – O tratamento de superfície especial fornece uma propriedade anti-estática. Evita a fixação do pó durante o processo de alongamento e revestimento.
As melhores telas para serigrafia do mundo
Para atender a um mercado tão exigente e a alta tecnologia atual, representamos com exclusividade as telas da NBC, líder mundial no fornecimento de telas para impressão, pois ela possui certificado de qualidade ISO 9002 e no processo fabril, as telas passam por um rigoroso controle de qualidade para garantir suas características estáveis de espessura e elasticidade.
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